A NUVEM DE FOGO
Por:Rev. David Chilton
Tradução: Rev. João Ricardo
Ferreira de França.
Foi
ele quem ganhou a vitória sobre seus inimigos os demônios e os troféus dos
idolatras ainda antes de sua aparição corporal – a saber, todos os pagãos que
desde todas as regiões tem abjurado da tradição de seus pais e o falso culto
aos ídolos e agora põem sua esperança em Cristo transferem sua lealdade a Ele.
A coisa está ocorrendo diante de nossos próprios olhos, aqui no Egito; e por
conseguinte, se cumpre outra profecia, porque em nenhum outro tempo tem cessado
os egípcios em seu falso culto salvo quando o Senhor de todos, viajando como em
uma nuvem, baixou e corpo e reduziu a nada o erro dos ídolos e ganhou a todos
para si mesmo e por meio de si meso para o Pai. Foi ele quem foi crucificado
com o sol e a lua como testemunhas; e por sua morte, tem chegado à salvação a
todos os homens, e toda a criação tem sido redimida.
Atanásio, On The Incarnation [37]
O
que era mais importante sobre o jardim – na realidade, o que o fazia um jardim
na verdade – era a presença de Deus com seu povo. Para entender isto
corretamente, começaremos o nosso estudo deste capítulo com a revelação da
presença de Deus com Israel, o povo do pacto, e logo depois nos voltaremos um pouco atrás, ao Éden, como também um pouco adiante, a igreja.
Deus
revelou sua presença a seu povo na nuvem de glória. A nuvem servia como um
“lugar móvel” para Deus – sua carruagem de fogo por meio da qual manifestava
sua presença a seu povo. A nuvem servia como guia para Israel, dando-lhes luz
durante a escuridão e sombra para protegê-los do calor (Êxodo 13.21-22; Salmos
105.39), porém trazendo juízo para os ímpios (Êxodo 14.19-25). Em Sinaí, a
nuvem esteve acompanhada por trovões, relâmpagos, fogo, fumo e um terremoto
(Êxodo 19.16-20), e estava cheia de inumeráveis anjos (Deuteronômio 33.2;
Salmos 68.17). A nuvem não é nada menos que uma revelação do céu invisível onde
Deus está sentado em seu trono de glória, rodeado de sua corte e seu concílio
celestial (Êxodo 24.9-15; Isaías 6.1-4), e desde onde falou Moisés (Êxodo 33.9;
Salmos 99.7).
Quando
o tabernáculo foi concluído, a nuvem entrou nele e o preencheu da glória de
Deus (Êxodo 40.34-38; consultar 2º Crônicas 5.13-14), e da nuvem saiu fogo para
consumir os sacrifícios (Levítico. 9.23-24). O profeta Ezequiel olhou através
da nuvem (Ezequiel 1) e viu fogo, relâmpagos, e criaturas aladas que voavam
debaixo do “firmamento” – o “pavimento” o “mar de vidro” que está ao redor da
base (Ezequiel 1.28; consultar Gênesis. 9.12-17; Apocalipse 4.3;10.1).
A Voz do Senhor
Ainda
que há muitos fenômenos associados com a nuvem ( a maioria está descrita em
Salmos. 18.6-15), talvez a características mais notável é o ruído ou vozes peculiares, inconfundíveis: quase
todos os relatos os mencionam. Dependendo da situação, podem fazer o som como o
vento, trovões, águas correntes, um grito, uma trombeta (ou muitas trombetas),
um exército em marcha, o rugir das rodas de uma carruagem pelo céu, ou a
vibração ou o bater de asas (veja-se as passagens já citadas: Ezequiel 3.12-13;
10.1-5; 2 Samuel 5.24; 2 Reis 7.5-7); e Ezequiel nos disse que, na realidade, o
som tem sua origem no bater das asas das miríades de anjos (Ezequiel. 1.24;
3.12-13). Considere-se a seguinte descrição da estupenda voz desde a nuvem:
Ouve-se
a voz do SENHOR sobre as águas; troveja o Deus da glória; o SENHOR está sobre
as muitas águas. A voz do SENHOR é poderosa; a voz do SENHOR é cheia de
majestade. A voz do SENHOR quebra os cedros; sim, o SENHOR despedaça os cedros
do Líbano. Ele os faz saltar como um bezerro; o Líbano e o Siriom, como bois
selvagens. A voz do SENHOR despede chamas de fogo. A voz do SENHOR faz tremer o
deserto; o SENHOR faz tremer o deserto de Cades. A voz do SENHOR faz dar cria
às corças e desnuda os bosques; e no seu templo tudo diz: Glória!
(Salmos. 29.3-9 ARA)
Foi esta voz – um rugido
ensurdecedor – o que Adão e Eva ouviram em seu último dia no Jardim: “Quando
ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia,
esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as
árvores do jardim.” (Gênesis. 3.8; este é um texto importante, e o
consideraremos em maior detalhe em um capítulo posterior ).
A Sombra do Onipotente.
É importante reconhecer que a nuvem
era uma teofania, uma manifestação
visível da presença de Deus em seu trono para seu povo do pacto. Na realidade,
o Novo Testamento usa frequentemente o termo Espírito como sinônimo da nuvem,
enquanto atribuindo a ambas as funções (Neemias 9.19-20; Isaías 4.4-5; Joel
2.28-31; Ageu 2.5). A ocasião mais reveladora desta equação de Deus e a nuvem
ocorre quando Moisés descreve a salvação de Israel por Deus no deserto em
termos de uma águia que paira ou voa sobre seus filhinhos (Deuteronômio 32.11) Como Deus
"pairava" sobre Israel? Por que busca refúgio o salmista continuamente
sob o abrigo das “asas” de Deus (Por exemplo, Salmos 36.7; 57.1; 61.4; 91.4)?
Certamente, o próprio Deus não tem asas. Porém os seus anjos as tem – a
revelação especial da presença salvadora, julgadora e protetora de Deus ocorreu
por meio da nuvem-glória, que contém “muitos milhares de anjos” (Salmos 68.17;
consultar 2 Reis 6.17): “Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas,
estarás seguro; a sua verdade é pavês e escudo. Porque aos seus anjos dará
ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos.” (Salmos 91. 4,11)
Agora, o fascinante da afirmação de
Moisés em Deuteronômio 32.11 – no sentido de que Deus “voeja” sobre seu povo
por meio da nuvem – é que Moisés usa essa palavra hebraica somente em outra
ocasião em todo o Pentateuco, quando nos conta que: “a terra estava se forma e vazia...
e o Espírito de Deus se movia[1]
sobre a face das águas”(Gênesis 1.2).
E isso não é o único paralelo entre
essas duas passagens; porque, em Deuteronômio 32.10, Moisés descreve o deserto
pelo qual o povo viajava como “ermo” –
a mesma palavra traduzida como sem forma em Gênesis 1.2 (e, novamente, estas
sãos as duas únicas ocorrências da Palavra no Pentateuco). O que Moisés está
dizendo, então – e este fato seguramente entendiam os seus leitores hebreus – é que a salvação do povo de Deus através do
Êxodo Ele era um representação da história da criação: Ao salvar a Israel, Deus
estava constituindo-o em uma nova criação. Como no princípio, a
nuvem-espírito pairava sobre a criação, trazendo luz para a escuridão (Gênesis
1.3; Êxodo 14.20; João 1.3-5), e conduzindo ao repouso sabático na Terra
Prometida, o novo Éden (Gênesis 2.2-3; consultar Deuteronômio 12.9-10 e Salmos
95.11, onde a terra é chamada de um repouso)
Assim, pois, a re-criação de seu povo
por parte de Deus para colocá-lo em comunhão com Ele no Monte Santo foi
presenciada pela própria manifestação de
sua própria presença criadora que esteve ali na criação original, quando o
Espírito gloriosamente arqueou sua copa sobre a terra. O brilho intenso da copa
de nuvem também foi a base para o sinal do Arco-Íris que Noé viu sobre o monte
Ararate, garantindo-lhe a fidelidade do pacto de Deus (Gênesis 9.13-17). A
glória da copa-nuvem de Deus, formando um arco sobre o monte, é um sinal repetidamente
na Escritura de que Deus está com o seu povo, criando-lhe novamente,
restaurando sua obra a seu estado edênico original e levando a criação adiante,
até o objetivo final.
Uma promessa básica da salvação se
dá em Isaías 4.4-5:
Quando
o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião e limpar Jerusalém da culpa do
sangue do meio dela, com o Espírito de
justiça e com o Espírito purificador.
Criará o SENHOR, sobre todo o monte de Sião e sobre todas as suas assembléias,
uma nuvem de dia e fumaça e resplendor de fogo chamejante de noite; porque
sobre toda a glória se estenderá um dossel e um pavilhão,
Esta nuvem-dossel da presença de
Deus, cheia asas de anjos, é chamada um pavilhão,
uma coberta (2º Samuel 22.12; Salmos 18.11; Lamentações 3.44; Salmos 9.14). E é
por isso pelo que a palavra cubrindo é usada para descrever a
posição dos querubins esculpidos que foram colocados olhando o propiciatório do
pacto (Êxodo 25.20). Por conseguinte, é significativo que esta palavra hebraica
é o termo traduzido como cabana e tabernáculos
quando Deus ordena que seu povo erga cabanas de ramos frondosas para que
habitassem nelas durante as festas dos tabernáculos (Levítico 23.34.42-43);
como temos visto, esta festa era uma recordação do Éden, uma representação
simbólica do fato de que salvação nos restaura as bênçãos edênicas.
O Jardim do Éden servia, pois, como
tabernáculo-templo, uma pequena cópia do templo e o palácio de maior tamanho de
Deus no qual os “céus” são seu torno e a “terra” é o estrado de seus pés
(Gênesis 1.1; Isaías 66.1) – formando os céus invisíveis junto com o universo
visível seu grande templo cósmico. Um exame atento da arquitetura do
tabernáculo e do templo revela que foram concebidos como cópias, não só do
jardim do Éden, mas o templo original celestial: a nuvem-dossel (consultar
Hebreus 8.15; 9.11,23-24).
Sob a proteção da nuvem-dossel
voadora, a responsabilidade do homem era cumprir o “mandato cultural”, “encher
a terra e governá-la” (Gênesis 1.28). Em obediente imitação a seu Pai
celestial, o homem devia reformar, entender, interpretar, e governar o mundo
para a glória de Deus – em fim, construir
a cidade de Deus.
A simples restauração do Éden nunca
é tudo o que está envolvido na salvação, assim como não era o plano de Deus
para Adão e sua posteridade que ficar no jardim.
Deviam ir a todo o mundo, levar o potencial criado da terra a sua plena
frutificação. O Jardim do Éden era uma oficina principal, um lugar onde
começar. Porém, o governo divino do rei Adão devia abarcar o mundo inteiro. Por
isso, a obra do segundo Adão não somente é restauradora (traz de volta o Éden),
também consumadora: leva o mundo para
a Nova Jerusalém.
O Paraíso: Restaurado e Consumado.
Durante
toda a história da redenção, ao chamar Deus a seu povo ao paraíso restaurado, o
levou para Sua cidade. Podemos ver isto no contraste entre os rebeldes e
autônomos construtores de cidades de Gênesis 11 e Abraão, que viajou para a
Terra Prometida “porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é
o arquiteto e edificador.” (Hebreus 11.10 ); e a Escritura assegura à
comunidade do novo pacto que “temos chegado ao monte Sião e à cidade do Deus
vivo, a Jerusalém celestial” (Hebreus 12.22).
Na visão final de Apocalipse, é
mostrado a João o cumprimento do mandato cultural, a plena restauração e
consumação do Éden. “e me transportou, em espírito, até a uma
grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do
céu, da parte de Deus, a qual tem a
glória de Deus.” (Apocalipse 21.10-11). Como o Lugar
Santíssimo, a longitude, a largura e a altura da cidade são iguais (Apocalipse
21.16; 1º Reis 6.20): na cidade não há templo, porque a própria cidade é o
santuário interior (Consultar Efésios 2.19-22); e, ao mesmo tempo, “porque o
seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.” (Apocalipse 21.22 ).
A cidade está em chamas com a brilhante glória de Deus, iluminando as nações
(Apocalipse 21.11-27), e por sua rua principal flui o Rio da vida, como fluía
originalmente desde o jardim do Edén (Apocalipse 22.1-2) ; “e não haverá mais
maldição” (Apocalipse 22.3). Além disso, não devemos considerar esta visão como
inteiramente futura, porque o Senhor disse a mesma coisa sobre nós nesta época: Vós
sois a luz do mundo. Não se pode esconder
a cidade edificada sobre um monte. Assim brilhe também a vossa luz diante
dos homens. (Mateus 5.14-16)
De muitas outras maneiras, as
imagens edênicas são utilizadas e expandidas no Novo Testamento, que registra o
cumprimento das promessas da nova criação em Cristo. É claro, uma passagem
óbvia é prólogo de João (João 1.1-18), que começa onde começa Gênesis: “No
princípio”. Vemos os mesmos conceitos – o verbo, a criação, a vida, a luz que
brilha na escuridão e a vence; e João disse de Cristo que habitou
(literalmente, em tabernáculos) entre nós, e contemplamos sua glória” (João 1.14; Consultar Êxodo
40.34). O que João quer ressaltar aqui é que Jesus Cristo é a revelação plena da
presença de Deus com o seu povo (consultar Mateus 1.23).
Porém, a totalidade do evangelho de
João se baseia em imagens do Antigo Testamento. Por exemplo, a passagem que
segue a seu prólogo (João 1.2-11) contem uma sutil estrutura de sete dias cujo propósito é
lembrarmos os sete dias da criação original (assim como outros numerosos
paralelos do Antigo Testamento). O primeiro dia, João Batista aparece como “uma
voz que clama no deserto” (1.23; ver Gênesis 1.2-3). No dia seguinte, quando Jesus é
batizado ( o batismo é uma recapitulação dos eventos de re-criação no Antigo
Testamento: o dilúvio [1ª Pedro 3.20-21] e a travessia do Mar Vermelho [1ª
Coríntios 10.1-21], o Espírito desce com asas,
flutuando e pairando sobre as águas da Nova Criação – e o Espírito vem
como pomba, o mensageiro alado que anunciou a Noé a re-criação do mundo ( João
1.32-33; ver Gênesis 8.11). A passagem continua com outras imagens da criação,
e termina no sétimo dia, quando Jesus
assiste a uma festa de casamento e converte a água ( ver Gênesis 1.2ss) em vinho – e vinho da melhor qualidade (João 2.1-11). A benção é superabundante,
mais do que o necessário (como 150 galões), como precursora das bênçãos
edênicas prometidas que viriam por meio dEle (Gênesis 49.10-12; Isaías 25.6;
Amós 9.13-14; Jeremias 33.10-11). Justo antes de fazer isto, menciona a hora de
sua morte – porque é seu sangue derramado, o vinho da comunhão, o que
proporciona as bênçãos: o Éden é inacessível separado da expiação. E assim, por
causa deste milagre do sétimo dia, Jesus revelou
a sua glória (João 2.11) – da mesma
forma que Deus havia feito ao entronizar-se na nuvem no primeiro sábado.
Porém, quando Deus está sentado
repousando em seu trono, se senta como juiz, examinando seu templo-criação; e
quando por sua primeira vez encontra maldade ele, o purifica, expulsando aos
ofensores (Gênesis 3.24). De forma similar, o seguinte evento no evangelho de
João mostra o Senhor avaliando o templo e pronunciando julgamento contra os que
o profanaram (João 2.12-22). (É o sábado quando aparecemos diante do trono do
Juízo de Deus para ser examinados; e se somos aprovados, entramos em seu repouso
[Hebreus 3-4.1]). As pessoas no templo neste sábado eram culpáveis, e as
expulsou em uma terrível e furiosa manifestação de juízo: uma imagem dos
primeiros e dos últimos dias do Senhor (veja-se mais adiante, o capítulo 15
deste livro). Logo, declarou que seu corpo – Ele pessoalmente e seu corpo, a
igreja – é pessoalmente o templo verdadeiro (João 2.18-22), pois, a
ressurreição física do corpo de Cristo é o fundamento para que seu povo seja
constituído como o templo (Efésios 1.20; 2.5-6,19-22; 1ª Coríntios 3.10-11,
16-17).
Como templo de Deus, a igreja é
readmitida ao Éden e cheia do Espírito e da glória de Deus (Êxodo 40.34;
Números 9.15; Joel 2.28-32; Atos 2.1-4,16-21). A igreja é o novo templo-jardim
de Deus, restaurado ao mandato original de Deus para o homem: dominar sobre a
terra, expandindo o jardim até os confins do mundo. Ao refazer-nos a sua
imagem, Deus nos tem dado sua presença. Tem estabelecido residência em seu
templo, e tem prometido está conosco enquanto cumprirmos seu mandato até os
confins da terra (Mateus 28.18-20).
Do rio suas correntes alegram a
cidade de Deus, o santuário das morada do Altíssimo. Deus está no meio dela;
não será jamais abalada. Deus a ajudará no amanhecer. (Salmos 46.4-5).
Toda
criatura vivente que vive em enxames viverá por onde quer que passe este rio, e
haverá muitíssimo peixe, e, aonde chegarem estas águas, tornarão saudáveis as
do mar, e tudo viverá por onde quer que passe este rio. Junto a ele se acharão
pescadores; desde En-Gedi até En-Eglaim haverá lugar para se estenderem redes;
o seu peixe, segundo as suas espécies, será como o peixe do mar Grande, em
multidão excessiva. Mas os seus charcos e os seus pântanos não serão feitos
saudáveis; serão deixados para o sal. Junto ao rio, às ribanceiras, de um e de
outro lado, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não
fenecerá a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos
frutos, porque as suas águas saem do santuário; o seu fruto servirá de
alimento, e a sua folha, de remédio. (Ezequiel 47.9-12 )
[1] Nota do Tradutor: na língua hebraica
temos a palavra “מְרַחֶ֖פֶת - merahefeth”
significando pairar, voejar, a figura aqui é do beija-flor sobre a rosa, ou da
galinha chocando os ovos para que seus pintinhos nasçam.