NOSSA INIMIGA, A
ESCOLA DO ESTADO*
John Cobin, Ph.D.
Não conhecer o
nosso inimigo é algo precário, para dizer o mínimo. Achamo-nos em grave perigo
quando nosso inimigo se encontra estabelecido de forma incógnita em nosso meio.
Nosso inimigo usa, de forma efetiva, artifícios para se disfarçar como algo
inofensivo ou mesmo benigno em um dado momento no tempo. Contudo, o terrível
pesadelo social que é gerado é algo que se pode avaliar a longo prazo. Porque
teríamos que esperar logo menos sagaz das forças que conduzem a escravidão?
Qual
instituição brasileira, acima das demais, que tem feito muito para minar a
liberdade e moralidade em nossa sociedade? Alguém poderia pensar nos grupos de
ativistas gay, os meios de
comunicações mais influentes, os grupos feministas de ação, a indústria da
pornografia, ou inclusive a própria Receita Federal ou o Banco Central com sua
taxa de juros. No entanto, apesar de mau que são essas instituições, não há instituição que por si mesma tenha
produzido tanto dano generalizado e de larga duração para a sociedade
brasileira como a escola do estado. Tokugawa Ieyasu (1526-1549) do Japão
disse uma vez, “para chegar a conhecer o teu inimigo, primeiro deves tornar-te
seu amigo, e uma vez que tenhas chegado a ser seu amigo, todas as suas defesas
caem. Em seguida podes escolher o método mais adequado para realizar o seu
desejo”. E este é precisamente o meio pelo qual nosso inimigo tem uma mão de
ferro sobre nossa sociedade – bem em baixo de nossos narizes. Por outro lado, o
estrategista militar e filósofo Chino Sun-Tzu (500 a.C) disse, “se conheces teu
inimigo e te e conheces a ti mesmo, não precisas temer o resultado de cem
batalhas”(A Arte da Guerra). Tomemos
o seu conselho e nos demos a tarefa de conhecer o nosso inimigo, a escola do
estado.
Desde seu
inicio, o projeto da escola estatal tem utilizado extraordinárias táticas de subterfúgios
para tratar de ocultar sua verdadeira agenda. Sob a aparência de prover uma
educação tradicional as crianças são condicionadas a aceitar ideias erradas. O
gasto com educação “pública” tem alcançado níveis record, porém os resultados
acadêmicos em áreas como a leitura, a escrita e a aritmética (matemática) são péssimos.
Mas, tem fracassado a escola do
governo? Como tem apontado com profundidade meu companheiro colunista do Times Examiner Ben Braydon em duas colunas
recentes a escola do estado tem sido, de fato, incrivelmente bem-sucedida. O ponto
da “educação pública” não é meramente dar-lhes aos estudantes as ferramentas e
o conhecimento básico que realmente necessitam para ter sucesso na vida. É doutrinar
as crianças nos caminhos que se opõe a Deus e a liberdade. E quanto a este fim
tem sido maravilhosamente bem-sucedida. Como apontou o Dr. Steven Yates em sua
coluna desta semana do Times Examiner, o
objetivo principal de uma escola do governo é doutrinar as crianças com princípios
estadistas. Contrário a visão dos
Fundadores Americanos, os estudantes aprendem que o estado em seu caráter de estado tem
de ser reverenciado e apreciado. Devem aprender a lutar por ele e a respeitar e
defender seu nobre fundamento. Os estudantes também são inundados com princípios
do Darwianismo, estilos “alternativos” de vida, duvidosas ideologias ambientalistas,
socialismo e humanismo secular. Biblicamente falando o Dr. Yates está correto
ao dizer que os pais têm que possuir o domínio sobre a educação de seus filhos –
não o estado – e que os pais pecam ao
submeter seus filhos à educação “pública”. Da mesma forma, nas últimas duas
colunas no Times Examiner, Alan
Melton opina que alguns pais enviam seus filhos à escola pública com o
propósito de que “socializem”. Porém, esta atividade tem sido um fracasso
abismal ao extremo de que uns 85% das crianças que estudam na escola pública e
que provem de famílias cristãs terminam abandonando a fé. (Além de televisão e
filmes, onde mais obter mais ideias ruins para seus filhos?) Na verdade, que
grande tragédia! E não é nada menos pecaminoso que está envolvido na escola
pública.
Os inimigos da
liberdade têm imposto espalhando e disseminando seu programa escolar
governamental. Ainda que muitas famílias cristãs têm sido afligidas por ela,
muita gente ainda (de maneira surpreendente) não vê a escola pública como uma
amaça. Em vez disso, e vista como um campo “missionário”, um lugar seguro para
conseguir emprego, útil para a socialização das crianças, e uma alternativa acessível
de educação (incluindo vantagens adicionais como equipes de esportes). O apóstolo
Paulo encarrega aos cristãos a tarefa de “derrubar argumento e toda altivez que
se levanta contra o conhecimento de Deus” (2ª Coríntios 10.5). De modo que, é
apropriado que os Cristãos devam estar derrubando a escola do estado. Contudo,
continuam apoiando-a. Satanás está atacando a Igreja e a liberdade em geral,
porém, muitos cristãos ignoram qual é seu inimigo ou onde ele se encontra.
Cristo advertiu que “mas, enquanto dormiam os homens, veio seu inimigo e semeou
o joio entre o trigo, e se foi” (Mateus 13.25). Assim acontece com o mal da
escola do estado, que tem semeado justamente embaixo de nossos narizes, e que
agora floresce junto conosco. Que fúnebres são as possiblidades para a
liberdade quando os cristãos defendem a escola pública cujo caminho é tão
claramente instável! Trabalham para sua própria predição sem dar-se conta
disto. De fato, pode ser que alguns nem sequer tenham se dado conta onde se tem
sido travada a verdadeira batalha até o Dia do Juízo e o programa da escola
estatal encontre seu lugar de descanso final no lago de fogo.
É triste que
aqueles que dizem a verdade acerca da natureza e as consequências do sistema
escolar do governo (os “críticos”) geralmente chegam a se tornar leviano nos
círculos evangélicos. São proibidos de serem personalidade de rádio ou apenas
são confinados ao ostracismo pelos seus amigos como “extremistas”, causa-se
dano à igreja e a causa da liberdade quando tais campeões da verdade são silenciados
ou desprezados, que vergonha! O povo de Deus rejeitando os mensageiros que lhes
são enviados é um tema recorrente na história. Que Deus nos ajude a conhecer nosso inimigo!
Copyright © Maio - 2016
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Tradutor: Rev. João Ricardo Ferreira de França. Ministro da Palavra e dos
Sacramentos na Igreja Presbiteriana do Brasil. Atualmente é pastor na Igreja
Presbiteriana de Riachão do Jacuípe – BA. Leia o artigo original: