O JARDIM DO SENHOR
Por. Rev.David Chilton
Tradução: Rev .João Ricardo Ferreira de França
O
que - ou bastante, quem - era necessário para esta graça e este chamado que
necessitávamos? Quem, senão o próprio Verbo de Deus, que no princípio também
havia criado todas as coisas do nada? Foi Ele, e somente Ele, quem transformou
o corruptível em incorruptível e manteve para o Pai sua consistência e caráter
com todos. Porque só ele, sendo o Verbo do Pai e acima de tudo, era em
consequência tanto capaz de re-crear a tudo, como digno de sofrer por todos e
ser embaixador para todos com o Pai.
Atanásio, On the Incarnation [7]
Os Animais do Jardim
No
Éden antes da queda, não havia morte (Romanos 5.12). Os animais não eram
“selvagens”, e Adão podia nomear (a saber, classificar)
aos animais sem temor (Gênesis 2.19-20). Porém a rebelião do homem resultou em
terríveis mudanças no mundo inteiro. A natureza dos animais se alterou, de
maneira que se converteram em uma ameaça para a paz e a segurança do homem. O
domínio que Adão havia exercido sobre eles perdeu-se.
Contudo, em Cristo o domínio tem
sido restaurado (Salmos 8.5-8 comparem com Hebreus 2.6-9). Por isso, quando
Deus salvou a seu povo, este efeito da maldição começou a ser revertido. Cristo
lhes conduz por um perigoso deserto, protegendo-os de serpentes e escorpiões
(Deuteronômio 8.15), e prometeu-lhes que na Terra Prometida seria semelhante ao
Éden em sua liberdade dos ataques dos animais selvagens: “E eu darei a paz na
terra, e dormireis, e não haverá quem vos espante; e farei cessar de vossa
terra os animais nocivos, e por vossa terra não passará espada” (Levítico 26.6)
Na realidade, esta é a razão ela qual Deus permitiu que Israel exterminasse aos
cananeus de uma vez por todas: Os pagãos
servirão como amortecedores entre o povo do pacto e os animais selvagens (Êxodo
23.29-30; Deuteronômio 7.22).
Por conseguinte, quando os profetas
predisseram a futura salvação em Cristo, a descreveram nos mesmos termos da
benção do Éden: “E estabelecerei com eles aliança de paz e tirarei da terra as
feras, e habitarão no deserto com segurança, e dormirão nos bosques”(Ezequiel
34.25). “Não haverá ali leão, nem qualquer animal feroz subirá por ele; não se
acharão ali pra que o recorram os resgatados”. (Isaías 35.9). De fato, a Bíblia
chega até a dizer que, a causa da penetração do evangelho no mundo, a natureza
selvagem dos animais será transformada a sua condição original e edênica:
O
lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo
se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado
andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as
suas crias juntas se deitarão; o leão
comerá palha como o boi. A criança de
peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do
basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a
terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar. (Isaías 11.6-9;
consultar Isaías 65.25).
Por outra parte, Deus advertiu, a maldição reapareceria se o
povo se distanciasse da Lei de Deus: “Porque enviarei para o meio de vós as
feras do campo, as quais vos desfilharão, e acabarão com o vosso gado, e vos
reduzirão a poucos; e os vossos caminhos se tornarão desertos” (Levítico 26.22;
consultar Números 21.6; Deuteronômio 28.26; 2º Reis 2.24; 17.25; Ezequiel 5.17;
14.15; 32.4; Apocalipse 6.8). Quando uma cultura se distancia de Deus, Ele
entrega esse povo ao domínio dos animais selvagens, para evitar que esse povo
tenha domínio ímpio sobre a terra. Porém, na cultura piedosa, esta ameaça
contra vida e a prosperidade desaparecerá progressivamente, e finalmente,
quando o conhecimento de Deus cobrir a terra, os animais serão domados e
colocados novamente ao serviço do reino de Deus.
Finalmente, em relação com isto,
temos que considerar aos dinossauros, pois, existe toda uma teologia ao redor
deles na Bíblia. Ainda que a Bíblia fale dos dinossauros terrestres (consultar behemoth em Jó 40,15-24, que alguns
confundem com um hipopótamo, mas na realidade ele parece mais com um brontossauro), nosso interesse aqui se
concentra nos dragões e as serpentes
marinhas (Consultar Jó 7.12; 41.1-34) – alguns supõem que a criatura que se
menciona na última referência, um enorme dragão que cuspia fogo e se chamava de
leviatã, era um crocodilo!).
Essencialmente como parte da boa criação de Deus (Gênesis 1.21): monstros marinhos, não existe “mau”
acerca destas criaturas (Gênesis 1.21; Salmos 148.7), não há nada “mau” acerca
destas criaturas (Gênesis 1.31; Salmos 148.7); porém, por causa da rebelião do
homem, se usam na Escritura para simbolizar ao homem rebelde no cume de seu
poder e sua glória.
Na Escritura se fala de três classes
de monstros Tannin[1]
(dragão; Salmos 91.13), leviatã[2]
(Salmos 104.26), e rahab[3]
(Jó 26.12-13); em hebraico, esta palavra é completamente diferente do home
da prostituta Cananeia que salvou aos espias hebreus em Josué 2. A bíblia
relaciona cada um destes monstros com a serpente, que representa ao inimigo vil
e enganoso do povo de Deus (Gênesis 3.13-15). Por isso, para demonstrar a
vitória divina e o domínio divino sobre a rebelião do homem, Deus converteu a
vara de Moisés em uma “serpente” (Êxodo 4.1-4), e a vara de Arão em uma cobra (tannin: Êxodo 7.8-12). Por conseguinte,
na Escritura, o dragão / a serpente se converte em símbolo da cultura satanicamente
inspirada e rebelde (Compare Jeremias 51.34), especialmente exemplificada pelo
Egito em sua guerra contra o povo do pacto. Isto é particularmente certo com
respeito ao monstro rahab (que
significa o altivo), que
frequentemente é sinônimo do Egito (Salmo 87.4; 89.10; Isaías 30.7). A
libertação do povo do pacto por parte de Deus no Êxodo se descreve em termos
tanto da criação original de Deus como de seu triunfo sobre o dragão:
Desperta,
desperta, arma-te de força, braço do SENHOR; desperta como nos dias passados,
como nas gerações antigas; não és tu aquele abateu ao Egito e feriu o monstro
marinho? Não és tu aquele que secou o mar, as águas do grande abismo? Aquele
que fez o caminho no fundo do mar, para que passassem os remidos? (Isaías
51.9-10)
A Bíblia também fala do Êxodo como
salvação contra o leviatã: “Tu, com teu poder, dividiste o mar; esmagaste sobre
as águas a cabeça dos monstros marinhos. Tu despedaçaste as cabeças do
crocodilo e o deste por alimento às alimárias do deserto” (Salmos 74.13-14).
Por isso o cumprimento provisório da
promessa feita no Éden, a cabeça do dragão foi esmagada quando Deus tirou seu
povo do Egito. Claro que, a ferida na cabeça foi curada e o dragão (acompanhado
pelo dragão-estado em sua imagem) continuou atormentando e perseguindo a
semente da mulher (consultar Apocalipse 12-13). Isso ocorre várias vezes
durante todo o Antigo Testamento, que registra numerosos esmagamentos da cabeça
do dragão (Juízes 4.21; 5.26-27; 9.50-57; 1º Samuel 5.1-5; 17.49-51; 2º Samuel
18.9; 20.21-22; Salmos 68.21; Habacuque 3.13-14). Em termos da tríplice
estrutura da salvação que vimos no capítulo anterior, a derrota definitiva do dragão teve lugar na morte
e na ressurreição de Cristo, quando derrotou os poderes das trevas, desarmou as
forças demoníacas, lançou fora o diabo, e o deixou indefeso (Salmo.110.6; João
12.21-32; Colossenses 2.15; Hebreus 2.14; Apocalipse 12.5-10; 20.1-3). Os
profetas esperavam isto: “Naquele dia, o SENHOR castigará com sua espada dura,
grande e forte, ao leviatã serpente veloz, e ao leviatã serpente tortuosa; e
matará ao dragão que está no mar.”
Progressivamente,
as implicações da vitória de Cristo são desenvolvidas por seu povo a seu tempo
e na terra (João 16.33; 1ª João 2.13-14; 4.4; 5.4-5; Apocalipse 12.1), até o triunfo
final na consumação da história,
quando o dragão seja por fim destruído (Apocalipse 20.7-10). Contudo, o ponto
especial que se deve captar para a época atual é que devemos esperar crescentes
vitórias sobre a serpente, que sido posto debaixo de nossos pés (Romanos 16.20).
Ao escolher para os piedosos constantemente as bênçãos do Éden restaurado, o
domínio de Satanás se encolherá e se desvanecerá. Isto está simbolizado pelo
fato de que, quanto a todas outras criaturas sejam reatadas a sua natureza edênica,
a condição da serpente permanecerá igual. Deus advertiu ao dragão que comeria o
povo debaixo dos pés dos justos e este aspecto da maldição alcançará seu efeito
pleno:
O
lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se
fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o SENHOR (Isaías 65.25;
consultar Gênesis 3.14)
As Árvores do Jardim
Claro que, é desnecessário dizer que
um aspecto fundamental do Jardim do Éden é que era um jardim: toda classe de árvores formosas e que davam frutos haviam
sido plantadas ali por Deus (Gênesis 2.9). Antes da queda, o alimento era
abundante e barato, e o homem não tinha
que gastar muito tempo buscando se sustento e refrigério. Em vez disso, passava
seu tempo em atividades científicas, produtivas, e estéticas (Gênesis
2.15,19-20). A maior parte de seu trabalho tinha haver com investigar e
harmonizar seu ambiente. Porém, quando se rebelou, isto foi mudado, e a
maldição caiu sobre seu trabalho e seu ambiente natural:
E
a Adão disse: visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que
eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; e fadigas obterás
dela sustento durante os dias da tua vida. Ela produzirá também cardos e
abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão
, até que tornes a terra, pois dela foste formado: porque tu és pó e ao pó
tornarás.
(Gênesis 3.17-19)
Deus impôs a maldição da escassez, e
a maior parte do trabalho do home se converteu em uma busca por alimento.
Mas, na salvação, Deus restaura a
seu povo ao Éden, e o alimento se torna mais barato e mais fácil de obter. E
por sua vez, pode-se dedicar mais tempo a outras atividades: o aumento da
cultura é possível somente quando o alimento é relativamente abundante. Deus dá
ao seu povo alimento para dar-lhe domínio. A história bíblica da salvação
demonstra isto por várias vezes. Em vários lugares, que não se pode mencionar a
todos aqui, menciona-se aos homens piedosos próximos de árvores (Veja-se Gênesis
18.4,8; 30.37; Juízes 3.13; 4.5; 1º Reis 19.5; João 1.48; e, em uma tradução
moderna, veja-se Gênesis 12.6; 13.18; 14.13; Juízes 4.11). Em nenhuma destas
referências és absolutamente essencial para a própria história mencionar as
árvores; em certo sentido, poderíamos pensar que este detalhe poderia ser
deixado de fora: mas Deus quer que vejamos em nossas mentes a imagem de seu
povo vivendo em meio à abundância, rodeado pelas bênçãos do jardim como
aparecem restaurados na salvação. Quando Israel é bendito, encontramos a cada
um dos homens sentado sob sua própria videira e figueira (1º Reis 4.25), e o
mesmo se profetiza a respeito de todos os que vivem sob as bênçãos do Cristo,
quando todas as nações acudam ao Monte do Senhor (Miquéias 4.1-4; Zacarias 3.10).
Por esta razão, a imagem edênica de arvores, plantar, e frutos se usam
através de toda a Escritura para descrever a obra da salvação de Deus. Ao
cantar acerca da libertação do povo de Deus no novo Éden, Moisés disse: “tu o
introduzirás e o plantarás no monte da tua herança”(Êxodo 15.17). O homem
piedoso é “ como árvore plantada junto a correntes de águas, que no devido
tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será
bem sucedido” (Salmos 1.3; consultar Jeremias 17.7-8). O povo do pacto é “como
árvore junto ao rio, como aloés plantados elo SENHOR, como cedros junto às
águas”(Números 24.6). “Dias virão em que Jacó lançará raízes, florescerá e
brotará Israel, e encherão de fruto o mundo”. (Isaías 27.6)
O candelabro no tabernáculo era uma
lembrança do Éden: na realidade, era uma árvore
estilizada, adornada com bolbos e flores artificiais, todo feito de ouro puro (Êxodo 37.17-24). Também, o
templo foi provido ricamente de simbolismo da restauração edênica: as paredes
de cedro exibiam esculturas de abóboras, flores, palmeiras e querubins cobertos
de ouro (1º Reis 6.15-36; consultar a visão do templo restaurado em Ezequiel
41.18-20). A arca da Aliança continha não somente a lei, mas também uma fonte
de outro com manar e a vara de Arão que estava milagrosamente cheia de brotos,
flores, e amêndoas (Hebreus. 9.4).
O sumo sacerdote era um símbolo
vivente do homem restaurado plenamente a comunidade com Deus no Jardim do Éden. Sua
frente estava coberta com uma placa de ouro, na qual estava gravada a frase: SANTIDADE AO SENHOR (Êxodo 28.36), como
símbolo da eliminação da maldição na
frente de Adão. O peitoral estava coberto de ouro e outras pedras
preciosas (Êxodo 28.15-30), e a borda de sua túnica estava circundada por romãs
e sinos de ouro (Êxodo 28.33-35). Como outro símbolo da libertação da maldição,
a túnica mesma era feita de linho
(Êxodo 28.6), porque, enquanto ministravam, aos sacerdotes eram proibidos de
levar sobre si nenhum artigo de vestuário de lã:
“[...]quando
entrarem pelas portas do átrio interior, usarão vestes de linho; não se porá lã
sobre eles, quando servirem nas portas do átrio interior, dentro do
templo.Tiaras de linhos lhes estarão sobre a cabeça, e calções de linho sobre
as coxas; não se cingirão a ponto de lhes
vir suor.” (Ezequiel
44.17-18)
Em
Gênesis 3.18-19, o suor é um aspecto do trabalho do homem caído sob a morte e
maldição; ao sacerdote, como Homem
Restaurado, lhe era requerido levar o material de limpeza rápida de linho para
mostrar a eliminação da maldição na salvação.
O simbolismo edênico aparecia também
nas festas de Israel, quando celebravam a abundância da provisão de Deus e
desfrutam da plenitude da vida e a
prosperidade sob as bênçãos do pacto. Isto é particularmente certo das festas
dos tabernáculos e as cabanas (também chamadas de “ajuntamento” em Êxodo
23.16). Nesta festa, se lhes requeria abandonar seus lugares e viver durante
sete dias em pequenos “tabernáculos”, ou cabanas, feitas inteiramente dos
“frutos de árvores formosas, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e
salgueiros de ribeiras”(Levítico 23.40). De modo geral, Israel habitava em
cidades muradas, como proteção contra seus inimigo; no entanto, no momento
próprio de prosperidade (o fim da colheita) – quando um ataque parecia mis
possível – Deus lhes ordenava abandonar a segurança de seus lugares e viajar
para Jerusalém a fim de viver em cabanas desprotegidas feitas de ramos, ramos
de palmeiras, e frutos! Entretanto, Deus prometia que impediria que os pagãos
lhes atacassem durante as festas (Êxodo 34.23-24), e Israel tinha que confiança
no poder dEle.
Obviamente, a festa era uma
lembrança da vida no Éden, quando as cidades muradas eram desnecessárias; e
apontava mais adiante, até o dia em que o mundo seria convertido no Éden e as
nações converteriam suas espadas em arados (Miquéias 4.3). Por esta razão,
também se lhes ordenou sacrificar 70 bois durante a festa (Números 29.12-38).
Por quê? Porque o número das nações originais da terra eram 70 (são enumeradas
em Gênesis 10), e a festa celebrava a reunião de todas as nações no reino de
Deus; assim que se fazia a expiação por todas elas.
É importante lembrar que os judeus
não guardaram esta festa – na realidade, até esqueceram que estava na Bíblia –
até seu regresso do cativeiro sob Esdras e Neemias (Neemias 8.13-18). Durante
este período de renovação e restauração, Deus iluminou as mentes dos profetas
para que entendessem a importância desta festa como uma profecia cumprida da
conversão de todas as nações à fé verdadeira. O último dia da festa (Ageu 2.1),
Deus falou por meio de Ageu: “Farei abalar todas as nações, e as cousas
preciosas de todas as nações virão, e encherei de gloria esta casa [o templo],
diz o SENHOR dos exércitos. Minha é a prata, meu é ouro, diz o SENHOR dos exércitos.”
(Ageu 2.7-8). Por este mesmo tempo, Zacarias profetizou acerca do significado
desta festa em termos da conversão de todas as nações e a santificação de todas
as áreas da vida (Zacarias 14.16-21). E centenas de anos mais tarde, durante a
celebração da mesma festa, Cristo mesmo
declarou seu significado: o derramamento do Espírito sobre o crente restaurado,
de modo que a igreja se converte em um meio para a restauração do mundo inteiro
(João 7.37-39; consultar Ezequiel 47.1-12).
Israel haveria de ser o meio de
levar ao mundo as bênçãos do Jardim do Éden: A Escritura faz o possível para
representar isto simbolicamente quando nos conta (duas vezezes: Êxodo 15.27; Números 33.9) de Israel acampado em
Elim, onde havia 12 poços de água (as
12 tribos de Israel) e 70 palmeiras
(as 70 nações do mundo). Assim, pois, Deus organizou a Israel como um modelo a
pequena escala do mundo, dando-lhe 70 anciões (Êxodo 24.1); e Jesus seguiu este
padrão ao enviar 70 discípulos (Lucas 10.1). O povo de Deus é uma nação de sacerdotes
(Êxodo 19.6; 1ª Pedro 2.9; Apocalipse 1.6), escolhido para levar a luz do
evangelho a um mundo entenebrecido pelo pecado e pela maldição. Cada vez mais,
a esperança expressada na festa dos tabernáculos se concretizará quando a terra
inteira se converter em um Jardim (Isaías 11.9; Daniel 2.35); ao encher-se o
mundo de bênçãos e segurança, não haverá mais necessidade das cidade muradas
(Levítico 23.3-6; Isaías 65.17-25; Ezequiel 34.25-29). O Jardim do Éden, o
Monte do Senhor, será restaurado na
história, antes da Segunda Vinda, pelo poder do evangelho; e o deserto se
regozijará, e florescerá como a rosa (Isaías 35.1).
Por contraste, a Bíblia diz que Deus
controla aos pagãos retendo-lhes o alimento e a água. Para entender a miséria
de grande parte do chamado “Terceiro Mundo”, é necessário que olhemos primeiro
para sua ímpia religião e sua ímpia cultura. A benção edênica de abundância
jamais será sua a menos que se arrependam e creiam no evangelho. Por outro
lado, as culturas cristãs (especialmente os países da Reforma), são abençoados
com alimento relativamente barato e abundante. Porém, a advertência bíblica é
clara: se nosso país continuar em sua apostasia, virá a fome, tão seguramente
como nossos primeiros pais foram expulsos do Éden. O campo frutífero novamente
se converterá em deserto:
Será,
porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR, teu Deus, não cuidando em
cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos que, hoje, te ordeno,
então, virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão: Maldito serás tu
na cidade e maldito serás no campo. Maldito o teu cesto e a tua amassadeira.
Maldito o fruto do teu ventre, o fruto da tua terra, e as crias das tuas vacas
e das tuas ovelhas. Maldito serás ao entrares e maldito, ao saíres. (Deuteronômio 28.15-19)
“Sobre
a terra do meu povo virão[...]até que se derrame sobre vos o Espírito lá do
alto; então, o deserto se tornará em pomar, e o pomar será tido por bosque”
(Isaías 32.13-15)