A VINDA DO REINO
Rev. David Chilton
Tradução: Rev. João Ricardo Ferreira de França.
Em
seguida, ascenderá Salvador para o céu dos céus, levando nos pés a vitória,
Triunfante de seus inimigos e dos seus,
em Sua ascensão surpreenderá a Serpente, como é o ar, e arrastando acorrentado
em torno de seu império, a deixará por último confundida. Entrará prontamente
em sua glória, e recuperará o seu trono
à mão direita de Deus, magnificamente exaltado acima de todas as honras do céu.
John Milton, Paraise
Lost [12.451-58].
Nosso
Senhor Jesus Cristo, que tomou sobre si a morte de todos, estendeu as mãos, não
em qualquer lugar abaixo da terra, mas no mesmo ar, para a salvação efetuada
por meio da cruz pudesse ser mostrada a
todos os homens em todos os lugares: destruindo o diabo trabalha nos ares, e para que Ele pudesse consagrar nosso caminho ao céu, e liberá-lo.
Atanásio, Letters
[xxii]
Adão
foi criado rei. Haveria de subjulgar a terra e tendo domínio sobre ela. Seu
domínio, contudo, não era absoluto; Adão era um governante subordinado, um rei
(príncipe) sob a autoridade de Deus. Era rei somente porque Deus lhe havia criado como tal e lhe havia ordenado reinar. O plano de Deus era que
sua imagem reinasse no mundo sob suas leis e sua supervisão. Enquanto Adão
fosse fiel a sua comissão, poderia ter domínio sobre a terra.
Porém,
Adão foi infiel. Não estava satisfeito com ser governante subordinado à imagem
de Deus, aplicando as leis de Deus à criação, e quis ser autônomo. Quis ser seu
próprio Deus, fazer suas próprias leis. Por este crime de rebelião, ele foi
expulso do Éden. Porém, como temos visto nos capítulos anteriores, este
incidente não fez abortar o plano de Deus de domínio por meio de sua imagem. O
segundo Adão, Jesus Cristo, veio a cumprir a tarefa que o primeiro Adão não
havia cumprido.
Durante
todo o Antigo Testamento, os profetas estavam cada vez mais o momento em que o
Rei designado por Deus vim a sentar-se no trono. Um dos Salmos citados, geralmente,
pelos escritores do Novo Testamento, mostra a Deus Pai dizendo ao seu Filho, o
rei:
“ Pede-me, e eu te darei as nações por
herança e as extremidades da terra por tua possessão. Com vara de ferro as
regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro. (Salmos 2:8-9 ARA)”
Os
profetas deixaram bem claro que, como Adão, o rei que viria havia de reinar
sobre o mundo inteiro (não somente sobre Israel): “Domine ele de mar a mar e
desde o rio até aos confins da terra.
Curvem-se diante dele os habitantes do deserto, e os seus inimigos
lambam o pó. Paguem-lhe tributos os reis
de Társis e das ilhas; os reis de Sabá e de Sebá lhe ofereçam presentes. E
todos os reis se prostrem perante ele; todas as nações o sirvam.” (Salmos 72.8-11 ARA).
Deus
mostrou a Daniel um esboço da história, no qual uma grande estatua (representa
os quatro impérios da Babilônia, Medo-Persa, Grécia e Roma) é derrubada e
esmagada por uma rocha; “Mas a pedra que
feriu a estátua se tornou em grande montanha, que encheu toda a terra”.
(Daniel 2.35 ARA). O significado desta visão é a restauração do Éden
sob o Rei, como explicou Daniel: “Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu
suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a
outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá
para sempre,” (Daniel 2.44 ARA). Cristo, o Segundo Adão, levará a
cabo a tarefa designada ao primeiro Adão, fazendo que o Monte Santo cresça e
alcance o mundo inteiro.
Ascendendo ao
Trono
Em
uma visão posterior, Daniel previu realmente a entronização de Cristo como o
Rei prometido:
Eu
estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu
um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar
até ele.
Foi-lhe
dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas
as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o
seu reino jamais será destruído. (Daniel 7.13-14 ARA)
Na
atualidade, se supõe comumente que este texto descreve a Segunda Vinda e assim,
que o reino de Cristo (chamado geralmente de o milênio) começa somente depois
de seu regresso. Claro que isto passa por cima do fato de que Daniel já havia
profetizado que o reino começaria nos dias do Império Romano. Porém, nota-se exatamente
o que Daniel disse: Se vê a Cristo aproximando-se,
não distanciando-se! Ele o Filho do
homem vai até ao Ancião de Dias, não em direção oposta a ele! Não está descendo nas nuvens para a terra, mas ascendendo nas nuvens até seu Pai!
Daniel não estava predizendo a segunda vinda de Cristo, mas estava muito bem
descrevendo o clímax do primeiro advento, no qual, depois de expiar os pecados
e derrotar a morte e Satanás, o Senhor ascendeu nas nuvens do céu para
sentar-se em seu glorioso trono à direita do Pai. Vale apenas notar também que
Daniel usou o termo Filho do homem, a
expressão que Jesus adotou mais tarde para descrever a si mesmo. Claramente,
devemos entender a expressão Filho do
homem simplesmente como filho de Adão
– em outras palavras, o segundo Adão. Cristo veio como o Filho do homem, o
segundo homem (1ª Coríntios 15.47), para levar a cabo a tarefa que havia sido
confiada ao primeiro homem. Veio para ser o Rei.
Esta
é a constante mensagem dos evangelhos. O relato de Mateus sobre o Natal registra
a história dos magos do oriente que chegaram a adorar ao Rei, e o zeloso
intento de Herodes de destruir-lhe por considerá-lo rival de seu próprio
domínio injusto. Em segundo lugar, Cristo escapa e é Herodes quem morre (Mateus
2). Imediatamente, a história de Mateus salta trinta anos a frente para
sublinhar o que quer dizer:
“Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no
deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos
céus.” (Mateus 3.1-2 ARA).
Logo,
Mateus se volta até o ministério de Jesus dando-nos um resumo da mensagem
básica de Cristo para Israel: Arrependei-vos, porque o Reino de Deus está
próximo”(Mateus 4.17). “Percorria Jesus
toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e
curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo”.
(Mateus 4.23 ARA). Uma simples olhada em uma concordância revelará
quão central era o evangelho do reino para o programa de Jesus. E nota-se bem
que o reino não era algum milênio distante de milhares de anos no futuro,
depois da Segunda Vinda. Jesus anunciou: “O
tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no
evangelho”. (Marcos. 1.15 ARA). Jesus disse claramente a Israel
que se arrependesse agora, porque o
reino viria imediatamente. O reino estava próximo. Jesus o estava
introduzindo diante dos próprios olhos deles. (Veja-se: Mateus 12.28; Lucas
10.9-11; 17.21), e pronto ascenderia ao Pai para sentar-se no trono do reino.
Por isso, disse aos seus discípulos: “Em
verdade vos digo que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira
nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu reino”. (Mateus. 16.28 ARA).
Jesus
estava certo ou equivocado? Nos termos de alguns mestres modernos, Jesus estava
errado. E isto não é um pequeno erro de cálculo: Jesus erro o alvo por milhares
de anos! Podemos confiar nele como Senhor e Salvador, e todavia sustentar que
ele estava equivocado, ou que de alguma forma sua profecia havia saído dos
trilhos? Jesus não era somente um homem, como o primeiro Adão. É Deus, o Senhor
dos céus e da terra; e si se dispõe a trazer o reino, pode algo deter-lhe? Nem
sequer a crucificação foi um contratempo, porque era um aspecto crucial de seu
plano. Por isso disse: “porque eu dou a
minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu
espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la”.
(João.10.17-18 ARA). Temos que crer no que Jesus disse: Durante a vida dos
que o escutavam, o veriam em seu trono. E isso foi exatamente o que fez,
culminando em sua ascensão a seu trono celestial.
Mateus
disse que a entrada de Jesus em Jerusalém cumpriu especificamente a profecia
veterotestamentária da inauguração do reino:
Alegra-te
muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei,
justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.
Destruirei os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém, e o arco de guerra
será destruído. Ele anunciará paz às nações; o seu domínio se estenderá de mar
a mar e desde o Eufrates até às extremidades da terra.
(Zacarias 9.9-10 ARA; Veja-se Mateus
21.15)
O
apóstolo Pedro entendia que o significado da ascensão era a entronização de
Cristo no céu, citando uma profecia do rei Davi, Pedro disse:
Sendo,
pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes
se assentaria no seu trono, prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo,
que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção. A este
Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.Exaltado, pois, à
destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou
isto que vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara:
Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os
teus inimigos por estrado dos teus pés. Esteja absolutamente certa, pois, toda
a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor
e Cristo.
(Atos 2.30-36 ARA) [75]
É
crucial que entendamos a interpretação da própria Bíblia acerca do trono de
Cristo. segundo o inspirado apóstolo Pedro, a profecia de Davi sobre Cristo sentado em um trono não era
uma profecia de algum trono terreno em Jerusalém (como alguns insistem
erroneamente). Davi estava profetizando
acerca do trono de Cristo no céu. É a entronização celestial a que o rei Davi predisse, assim disse Pedro ao seu
auditório no dia de Pentecoste. Desde seu trono no céu, Cristo já está reinando
no mundo.
O
apóstolo Paulo estava de acordo e escreveu assim sobre a ascensão de Cristo:
Deus:
fazendo-o
sentar à sua direita nos lugares celestiais,
acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo
nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro E
pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas,
o deu à igreja, (Efésios 1.20-22 ARA)
Pois,
bem, se Cristo está sentado agora sobre
todo principado e autoridade e poder e domínio, se todas as coisas estão agora sob seus pés, por que alguns cristãos estão esperando que o reino de Cristo comece?
Segundo Paulo, Deus “nos libertou do império das trevas, e nos transladou para o reino do filho do seu amor”. ( Colossenses 1.
13). A Bíblia disse que o reino já chegou;
alguns teólogos modernos dizem que não
chegou. Há na realidade alguma dúvida sobre em quem devemos crer?
A Prisão de
Satanás.
A
promessa original do evangelho estava contida na maldição de Deus sobre a
serpente, de que a semente da mulher lhe esmagaria a cabeça (Gênesis 3.15). Em
consequência, quando Jesus veio, começou imediatamente a obter vitórias sobre
Satanás e suas legiões demoníacas, travando em combate somente ele e
expulsando-os efetivamente da terra, junto com a enfermidade e a morte. Houve
uma guerra acirrada durante o ministério de Cristo, na qual Satanás perdia
terreno continuamente e fugia para esconder-se. Depois de observar a seus
discípulos em uma missão que haviam conseguido êxito, Jesus se regozijou: “Eu
via Satanás caindo do céu como um relâmpago. Eis aí vos dei autoridade para
pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada,
absolutamente, vos causará dano” (Lucas 10.18-19 ARA). Jesus explicou
suas vitórias sobre os demônios dizendo a seus ouvintes que “é chegado o reino
de Deus sobre vós”. E continuou: “Ou como pode alguém entrar na casa do valente
e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa.”
(Mateus 12.28-29 ARA). Era exatamente isso que Jesus estava fazendo
no mundo. Estava amarrando a Satanás, o “valente”, para saquear sua casa, para
resgatar as pessoas das mãos do diabo.
A
derrota definitiva de Satanás ocorreu na morte e ressurreição de Cristo. Várias
vezes, os apóstolos asseguraram aos primeiros cristãos do fato da vitória sobre
o diabo. Disse Paulo que, por meio da obra consumada, o Senhor Jesus
“despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo,
triunfando deles na cruz.” (Colossenses 2.15 ARA). O Novo Testamento
ensina inquestionavelmente que, ao romper cristo as algemas da morte, Satanás
foi deixado impotente (Hebreus 2.14), João Escreveu que “para isto apareceu o Filho de Deus, para
desfazer as obras do diabo” (1ª João 3.8). Novamente, devemos notar que isto
está no tempo passado. É um fato consumado. Esta não uma profecia acerca da
Segunda Vinda. É uma afirmação sobre o primeiro advento de Cristo. Cristo veio
para amarrar e desarmar a Satanás, deixá-lo impotente, destruir suas obras, e
estabelecer seu próprio reino como Rei universal, como havia sido o propósito
de Deus desde o começo. Segundo a Bíblia, Cristo cumpriu efetivamente o que se
havia proposto; a Escritura considera a Satanás um inimigo derrotado, que tem
que fugir quando os cristãos se lhe opõe que não pode resistir o ataque
vitorioso do exército de Cristo. As portas de sua cidade estão condenadas a
derrubar-se diante dos inexoráveis ataques da igreja (Mateus 16.18).
O Crescimento do
Reino.
Neste
ponto, alguns objetarão: “Se Jesus é Rei agora, por que não converte as nações?
Por que há tanta impiedade? Por que não tudo perfeito?” Em primeiro lugar, não
há nenhum “se” condicional no assunto. Jesus é o rei, e seu reino já
chegou. A Bíblia diz assim. Em segundo lugar, as coisas nunca serão
“perfeitas” antes do juízo final; e até o milênio descrito por certos
escritores populares estão longe de ser perfeito (na realidade, em si mesmo é
muito pior, porque ensinam que as nações nunca
se converterão verdadeiramente, mas que somente fingiram haver-se se
convertido enquanto esperam uma oportunidade para rebelar-se).
Terceiro,
ainda que o reino foi estabelecido definitivamente
na obra consumada de Cristo, é estabelecido progressivamente*durante a história (até que seja
estabelecido finalmente no dia
final). Em uma parte, a Bíblia ensina que Cristo Jesus está agora reinando
sobre as nações com vara de férreo; agora está sentado com poder sobre todos os
outros poderes nos céus e na terra, possuindo toda autoridade. De outro lado, a Bíblia também
ensina que o reino se desenvolve progressivamente, fazendo-se mais forte e mais poderoso com o passar do tempo. A
mesma cara aos Efésios que nos fala do governo absoluto de Cristo sobre a
criação (1.20-22), assegurando-nos que estamos reinando com ele (2.6), também nos ordena a pormos a armadura
para combater contra o inimigo (6.10-17). Não há nenhuma contradição aqui – só
dois aspectos da mesma realidade. E o fato de que Jesus está agora reinando
como rei de reis é precisamente a razão de porque temos confiança na vitória em
nosso conflito com o mal. Podemos experimentar o triunfo progressivo agora, porque Cristo Jesus triunfou definitivamente sobre Satanás em sua
vida, morte, ressurreição e ascensão.
Jesus
contou duas parábolas que ilustram o crescimento do reino. Mateus:
Outra
parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um grão de
mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual é, na verdade, a
menor de todas as sementes, e, crescida, é maior do que as hortaliças, e se faz
árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos. Disse-lhes
outra parábola: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou
e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.
(Mateus 13.31-33 ARA)
O
reino foi estabelecido quando Cristo veio. Porém não tem alcançado seu pleno
desenvolvimento. Como um grão de mostarda, começou sendo pequeno, porém
crescerá até ficar bem grande (da mesma forma que a rocha que Daniel viu e se
tornou monte que preencheu toda a terra). O reino crescerá em tamanho,
estendendo-se a todas as partes, até que o conhecimento de Deus cubra toda a
terra, como as águas cobrem o mar. O crescimento do reino será extensivo.
Porém,
o reino também crescerá intensivamente. Como o fermento no pão, transformará o
mundo, tão seguramente como transforma as vidas individuais. Cristo tem
plantado no mundo seu evangelho, poder de Deus para a salvação. Como o
fermento, o poder do reino continuará operando “até que tudo esteja levedado”.
Depois
de examinar esta parábola, você se poderia perguntar como poderia alguém negar
uma escatologia do domínio. Como pode alguém ignorar a força deste versículo? Aqui
é como: o derrotista simplesmente explica que a “levedura” não é o reino, mas uma representação de como as heresias maléficas que
são plantadas na igreja pelo diabo! Incrivelmente, seu caso é tão desesperado
que recorrerá a jogos de cartas, convertendo uma promessa da vitória do reino em uma promessa da
derrota da igreja. Nota-se bem que tudo está levedado; o versículo ensina a vitória total, de um lado ou de outro.
Por
conseguinte, segundo Jesus, que lado ganhará? Contrariamente aos pessimistas,
Jesus não disse que o reino é como a massa, na qual alguém introduz
sorrateiramente o mau fermento. Jesus disse que o reino é como o fermento. O reino começou pequeno, e seu crescimento
frequentemente tem sido desapercebido e algumas vezes virtualmente invisível,
porém continua fermentando e transformando o mundo. Onde estava o cristianismo
há 200 anos? Consistia de mero punhado de pessoas que haviam sido comissionadas
para fazer discípulos às nações – um pequeno grupo que seria perseguido por
seus próprios compatriotas e ao que se oporia o exército do Império mais
poderoso da história. Que possibilidades lhe haveriam dado de que
sobreviveriam? Contudo, a igreja saiu vitoriosa do conflito, ganhadora por uma
ampla vantagem; Roma e Jerusalém não passaram do ponto de partida. Os últimos
vinte séculos têm sido testemunhas do progresso que só poderia negar os cegos
voluntários. Tem-se estendido por todas as partes o fermento do evangelho?
Claro que não. Ainda não. Mas o fará. Deus nos tem predestinado para a
vitória.
*
Nota do Tradutor: vale salientar que
a posição do David Chilton é Pós-milenista que difere do tradutor da presente obra.
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